por Rafael F.
fotos divulgação
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Entre os dias 14 e 19 desse mês rolará na sempre bela e aconchegante João Pessoa[PB] o Festival Mundo. O festival que já está na sua 4ª edição, coloca de vez a cidade na rota dos principais festivais “independentes” do país. Batemos um papo com uma das organizadora do evento, Carol Morena. Carol é fanzineira das antigas e nutre um contato de longa data com a família[R].
Ela nos forneceu algumas impressões e expectativas sobre a edição desse ano...
Quais as novidades pra edição desse ano do festival?
A programação paralela aos shows, as oficinas, debates, exposição, mostra de vídeo. Nós damos uma atenção a isso todos os anos, mas esse ano conseguimos realmente fechar uma programação ótima dessas atividades. Além disso focamos muito mais nos shows em si, demos uma enxugada nas bandas e tudo indica que realmente foi a melhor opção pra logística do Festival Mundo. A mostra de vídeo, ao contrário dos anos anteriores, será nos intervalos dos shows, porque dá para centralizar as atenções do público muito melhor e ao mesmo tempo resolve o problema da troca de bandas.
Achei bacana enveredar por esses caminhos. No sentido de pensar o festival como um grande encontro criativo. Você poderia falar um pouco do que vai rolar nas oficinas, debates e exposições?
É, essa sempre foi uma das grandes preocupações da gente. As oficinas serão duas, de home studio e produção de vídeo clipe com baixo custo. Todos os dois temas nós vimos que realmente são importantes pra solidificação da produção cultural daqui, e é tudo muito dentro da realidade local: gravação em casa, que é o que acaba rolando com muitas bandas, e gravação de vídeo clipe com baixo custo, já que ninguém tem muita grana para investir, mas procura formas de produzir mesmo assim. Os dois debates serão ótimos, escolhemos pessoas realmente inseridas no circuito independente pra falar sobre ele. No primeiro teremos Bruno Nogueira (PE) e Marcus Alves (PB, para falar sobre mercado, o que aconteceu nos últimos 10 anos com a música e repensar sistemas de produção da música independente. O outro é com os meninos do Macaco Bong (MT), que vão compartilhar a experiência deles no Espaço Cubo, como fizeram, junto com o pessoal de lá, pra implantar na cidade deles esse circuito de bandas, um festival (Calango), que hoje é um dos maiores do país, e, principalmente, trocar figurinha com as bandas daqui sobre profissionalização e o trabalho de uma banda realmente. Eles são uma das bandas hoje que mais tocam em festivais, respeitados não só pela articulação, mas pelo show também, é legal pras bandas locais trocarem experiências.
O negocio pro lado dos zines por aqui sempre foi meio parado, né? Tinha o meu, que tirou férias prolongadas há uns dois anos, mas que eu to na instiga pra fazer de novo e, ‘tcharans’, pode ser que role antes do festival. Fora isso, na universidade sempre tem uma galera interessada, ministrei umas oficinas de fanzine, o pessoal fica instigado, mas é difícil rolar algo certo. As vezes rola, as vezes não... Aqui não tem mais nenhum zine que a galera conheça mesmo, tipo o Lado[R] aí em natal, sabe?
Mas João Pessoa tem a presença de grandes fanzineiros, posso citar o professor Henrique Magalhães, Jesuíno André do Ladonorte, Olga Costa e muitos outros. Parece que jampa respira essa vivência rockeira. O festival mundo é um exemplo disso. Cada um fazendo dentro das suas possibilidades...
Bom... nem Olga, nem Jesuíno produzem zines impressos mais. Jesuíno ta cuidando junto com um poessoal de um site ótimo, que é o Ladonorte, que você citou... Mas fanzine mesmo não tá rolando. Só Henrique que nunca parou de produzir mesmo, na sua editora, a marca de fantasia. Os zines dele são sobre quadrinhos e são muito bem feitos!
Você ainda acredita naquela máxima: Fanzine de verdade é fanzine de papel?
Sempre. Acabei de lembrar de uma frase que um grande amigo meu disse: "me mostre um zine que não é impresso que eu te mostro uma nota de três reais”. O que se tem na internet, os blogs e tudo mais, são ótimos, dou o maior apoio e força, mas não são fanzines, são outra coisa. Zine é aquilo que a gente pega, põe na bolsa, leva pra casa, que o editor se preocupou em fazer cópia, em divulgar, em enviar pras pessoas, entende? O Lado [R] é sempre parceiro. Vi o zine nascer e gosto muito do rumo que a coisa tomou.
Concordamos e engordamos a aposta. O que a galera pode esperar dessa edição do festival mundo?
Bom, nessa edição do Festival Mundo vocês podem esperar ótimos shows e um ótimo clima. Estamos muito orgulhosos da nossa escalação, apostamos mesmo em shows bons.
Massa! Nos vemos por lá!!!
[+] http://festivalmundo.blogspot.com
Ela nos forneceu algumas impressões e expectativas sobre a edição desse ano...
Quais as novidades pra edição desse ano do festival?
A programação paralela aos shows, as oficinas, debates, exposição, mostra de vídeo. Nós damos uma atenção a isso todos os anos, mas esse ano conseguimos realmente fechar uma programação ótima dessas atividades. Além disso focamos muito mais nos shows em si, demos uma enxugada nas bandas e tudo indica que realmente foi a melhor opção pra logística do Festival Mundo. A mostra de vídeo, ao contrário dos anos anteriores, será nos intervalos dos shows, porque dá para centralizar as atenções do público muito melhor e ao mesmo tempo resolve o problema da troca de bandas.
Achei bacana enveredar por esses caminhos. No sentido de pensar o festival como um grande encontro criativo. Você poderia falar um pouco do que vai rolar nas oficinas, debates e exposições?
É, essa sempre foi uma das grandes preocupações da gente. As oficinas serão duas, de home studio e produção de vídeo clipe com baixo custo. Todos os dois temas nós vimos que realmente são importantes pra solidificação da produção cultural daqui, e é tudo muito dentro da realidade local: gravação em casa, que é o que acaba rolando com muitas bandas, e gravação de vídeo clipe com baixo custo, já que ninguém tem muita grana para investir, mas procura formas de produzir mesmo assim. Os dois debates serão ótimos, escolhemos pessoas realmente inseridas no circuito independente pra falar sobre ele. No primeiro teremos Bruno Nogueira (PE) e Marcus Alves (PB, para falar sobre mercado, o que aconteceu nos últimos 10 anos com a música e repensar sistemas de produção da música independente. O outro é com os meninos do Macaco Bong (MT), que vão compartilhar a experiência deles no Espaço Cubo, como fizeram, junto com o pessoal de lá, pra implantar na cidade deles esse circuito de bandas, um festival (Calango), que hoje é um dos maiores do país, e, principalmente, trocar figurinha com as bandas daqui sobre profissionalização e o trabalho de uma banda realmente. Eles são uma das bandas hoje que mais tocam em festivais, respeitados não só pela articulação, mas pelo show também, é legal pras bandas locais trocarem experiências.
Nossos amigos do Calistoga e Camarones Orquestra Guitarrística prometem fazer zuada por lá!
Falando no pessoal do Macaco Bong, militantes da cultura do fanzine e de seus desdobramentos criativos... Como anda o fanzinato aí em Jampa? O negocio pro lado dos zines por aqui sempre foi meio parado, né? Tinha o meu, que tirou férias prolongadas há uns dois anos, mas que eu to na instiga pra fazer de novo e, ‘tcharans’, pode ser que role antes do festival. Fora isso, na universidade sempre tem uma galera interessada, ministrei umas oficinas de fanzine, o pessoal fica instigado, mas é difícil rolar algo certo. As vezes rola, as vezes não... Aqui não tem mais nenhum zine que a galera conheça mesmo, tipo o Lado[R] aí em natal, sabe?
Mas João Pessoa tem a presença de grandes fanzineiros, posso citar o professor Henrique Magalhães, Jesuíno André do Ladonorte, Olga Costa e muitos outros. Parece que jampa respira essa vivência rockeira. O festival mundo é um exemplo disso. Cada um fazendo dentro das suas possibilidades...
Bom... nem Olga, nem Jesuíno produzem zines impressos mais. Jesuíno ta cuidando junto com um poessoal de um site ótimo, que é o Ladonorte, que você citou... Mas fanzine mesmo não tá rolando. Só Henrique que nunca parou de produzir mesmo, na sua editora, a marca de fantasia. Os zines dele são sobre quadrinhos e são muito bem feitos!
Você ainda acredita naquela máxima: Fanzine de verdade é fanzine de papel?
Sempre. Acabei de lembrar de uma frase que um grande amigo meu disse: "me mostre um zine que não é impresso que eu te mostro uma nota de três reais”. O que se tem na internet, os blogs e tudo mais, são ótimos, dou o maior apoio e força, mas não são fanzines, são outra coisa. Zine é aquilo que a gente pega, põe na bolsa, leva pra casa, que o editor se preocupou em fazer cópia, em divulgar, em enviar pras pessoas, entende? O Lado [R] é sempre parceiro. Vi o zine nascer e gosto muito do rumo que a coisa tomou.
Concordamos e engordamos a aposta. O que a galera pode esperar dessa edição do festival mundo?
Bom, nessa edição do Festival Mundo vocês podem esperar ótimos shows e um ótimo clima. Estamos muito orgulhosos da nossa escalação, apostamos mesmo em shows bons.
Massa! Nos vemos por lá!!!
[+] http://festivalmundo.blogspot.com
Um comentário:
oxi... Carolinda!!
vocês virão pro festival mundo?
recebi o fanzine \o/
muito legaaaaaaaaaaaaaaal!
adorei a "matéria" sobre as fotografias
ele está muito bem feito
essa gráfica apoia vcs? ou vcs pagam??
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