Artistas Excluídos
por Ronne Gray*
Se Assis Marinho tivesse nascido na Espanha seria endeusado como um Salvador Dalí, um Picasso. Seria mais valorizado e teria mais apoio para continuar produzindo suas pinturas que enriquecem nossa cidade com cores e artes belas. Embora esteja jogado na lama, na margem da sociedade. A quem o encontre pelos bares do beco da lama e não saiba que está de frente a um dos maiores artistas plásticos que Natal já teve.
Porém nasceu em um país cheio de desigualdades, nasceu em um estado do nordeste onde os artistas vivem o “pão que o diabo amassou”.
Se João Gualberto tivesse nascido na Europa seria aclamado como um Fernando Pessoa, um Frederico Garcia Lorca, por mais que seja um grande poeta e revolucionário das letras com seu surto explosivo de versos ébrios e encantadores, é apenas conhecido entre o meio artístico e outras pessoas relativamente bem informadas que conhecem um ou dois artistas locais, contudo nossa cidade ainda está “com seu poetas em cada esquina”, e quase todos andam sedentos em ver mudanças, alguns já encaram a produção independente e não se envergonham de sair em busca de pessoas que comprem seus livros, quadros, discos...
As escolas ignoram os escritores locais, empurram goela abaixo dos alunos, livros clássicos e ”pesados” de ler e não apresentam os escritores locais, os escritores mais jovens com linguagens mais contemporâneas. Os professores desqualificados não sabem como despertar em seus alunos o interesse e o prazer de uma boa leitura e muitos professores ignoram seus escritores locais. Deve ser pelo fato de ganharem um salário inferior ao de um gari. As pessoas que deveriam: promover, apoiar, “agitar” a cultura, esses cerram seus olhos para as manifestações culturais e seus autores.
As grandes livrarias de Natal lucram com esse objeto chamado livro, porém não têm o mínimo respeito e consideração com os escritores locais, ignoram e fazem ignorar, super valorizam os escritores internacionais e os nacionais consagrados, porém deixam os escritores locais na míngua da sarjeta. A careta que eles fazem quando um jovem propõe deixar seus livros em consignação é broxante e bloqueadora de uma evolução cultural. Ou seja, por amor ao dinheiro atrasam o desenvolvimento e pouco se preocupam em incentivar à leitura dos escritores locais.
Natal uma cidade que lucra bastante com o turismo. Porém o amor ao lucro tem cegado vários desses empresários entupidos de dinheiro, os quais negam investir nos artistas locais. Por falta de percepção e conhecimento, eles teriam o retorno desse investimento, são tantos bons artistas em Natal, porém só falta aquele “empurrãozinho”.
A maioria dos turistas que procuram conhecer nossa cidade, eles buscam conhecer os livros dos escritores locais em livrarias e muitas vezes não encontram, até mesmo no aeroporto de Natal há pouca informação sobre os artistas locais e vão embora sem conhecer: Marcelus Bob, João Gualberto, Assis Marinho, Franklin Serrão, Valderedo, Zila Mamede, Marize Castro, Civone Medeiros, Carlos Zens, Alcatéia Maldita, Romildo Soares, Os Grogues. No máximo ouvem falar de um tal Câmara Cascudo e ponto final. E existe uma tal lei de incentivo Câmara Cascudo, Porém vários artistas estão fora desse “contexto” de incentivo.
Dizem com bastante “sinceridade” que os artistas que estão excluídos desse apoio é por não estarem aptos à tanta burocracia, e dizem que não existe uma tal “panelinha” lucrando com essa desigualdade, estão muito ocupados contando dinheiro ou rindo da cara dos artistas excluídos...
Porém nasceu em um país cheio de desigualdades, nasceu em um estado do nordeste onde os artistas vivem o “pão que o diabo amassou”.
Se João Gualberto tivesse nascido na Europa seria aclamado como um Fernando Pessoa, um Frederico Garcia Lorca, por mais que seja um grande poeta e revolucionário das letras com seu surto explosivo de versos ébrios e encantadores, é apenas conhecido entre o meio artístico e outras pessoas relativamente bem informadas que conhecem um ou dois artistas locais, contudo nossa cidade ainda está “com seu poetas em cada esquina”, e quase todos andam sedentos em ver mudanças, alguns já encaram a produção independente e não se envergonham de sair em busca de pessoas que comprem seus livros, quadros, discos...
As escolas ignoram os escritores locais, empurram goela abaixo dos alunos, livros clássicos e ”pesados” de ler e não apresentam os escritores locais, os escritores mais jovens com linguagens mais contemporâneas. Os professores desqualificados não sabem como despertar em seus alunos o interesse e o prazer de uma boa leitura e muitos professores ignoram seus escritores locais. Deve ser pelo fato de ganharem um salário inferior ao de um gari. As pessoas que deveriam: promover, apoiar, “agitar” a cultura, esses cerram seus olhos para as manifestações culturais e seus autores.
As grandes livrarias de Natal lucram com esse objeto chamado livro, porém não têm o mínimo respeito e consideração com os escritores locais, ignoram e fazem ignorar, super valorizam os escritores internacionais e os nacionais consagrados, porém deixam os escritores locais na míngua da sarjeta. A careta que eles fazem quando um jovem propõe deixar seus livros em consignação é broxante e bloqueadora de uma evolução cultural. Ou seja, por amor ao dinheiro atrasam o desenvolvimento e pouco se preocupam em incentivar à leitura dos escritores locais.
Natal uma cidade que lucra bastante com o turismo. Porém o amor ao lucro tem cegado vários desses empresários entupidos de dinheiro, os quais negam investir nos artistas locais. Por falta de percepção e conhecimento, eles teriam o retorno desse investimento, são tantos bons artistas em Natal, porém só falta aquele “empurrãozinho”.
A maioria dos turistas que procuram conhecer nossa cidade, eles buscam conhecer os livros dos escritores locais em livrarias e muitas vezes não encontram, até mesmo no aeroporto de Natal há pouca informação sobre os artistas locais e vão embora sem conhecer: Marcelus Bob, João Gualberto, Assis Marinho, Franklin Serrão, Valderedo, Zila Mamede, Marize Castro, Civone Medeiros, Carlos Zens, Alcatéia Maldita, Romildo Soares, Os Grogues. No máximo ouvem falar de um tal Câmara Cascudo e ponto final. E existe uma tal lei de incentivo Câmara Cascudo, Porém vários artistas estão fora desse “contexto” de incentivo.
Dizem com bastante “sinceridade” que os artistas que estão excluídos desse apoio é por não estarem aptos à tanta burocracia, e dizem que não existe uma tal “panelinha” lucrando com essa desigualdade, estão muito ocupados contando dinheiro ou rindo da cara dos artistas excluídos...
"Adote um Escritor chega à sétima edição em Porto Alegre RS...
Aconteceu na semana passada na capital gaúcha o lançamento do 7º Programa de Leitura Adote um Escritor. Trata-se de uma iniciativa que visa aproximar os sujeitos das comunidades escolares municipais (alunos, pais, professores, funcionários e membros da comunidade em geral) a autores de obras de gêneros diversos literários. Iniciado em 2002, o programa é resultado de uma parceria entre Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre e a Câmara Rio-Grandense do Livro. Estão previstos para este ano encontros com 53 autores em 96 escolas da rede municipal de ensino de Porto Alegre".
Quem sabe Natal não tenha essa idéia no próximo século....
* Ronne Grey é poeta marginal autor dos livros: Morte Matada e Vagabunda Poesia.
Um comentário:
#Dahora!#
Vc faz troca de zines ?
To a procura de novos contatos!
muito bem feito seu blog!
to te linkando!
flwwwz!
#Vinaum#
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