16.4.08

DO BAÚ: entrevista perdida com o BUGS

Por Rafael F.

Em 2004 o BUGS dava os seus primeiros passos sólidos no cenário musical independente. De lá pra cá, muita coisa mudou. Muitos festivais e apresentações Brasil afora. Fica praticamente impossível listar aqui os fatos ocorridos com a banda nesses quatro anos. Nesse mês de Abril, os caras representarão o RN no festival Virada Cultural [SP] que reunirá, entre outras coisas, uma amostra do que se produz no atual mundo independente Brazuca.
Abaixo segue uma entrevista que foi publicada originalmente no e-zine natalcore – embrião criativo do lado[R] –. Gostariamos de desejar sorte para os caras. Dez perguntinhas e um pouco do que tava rolando com a banda há quatro anos atrás.Direto do Bau digital.

1- Olá amigos do Bugs! É um prazer para nós do NATALCORE realisar essa entrevista. Para começar, a velha pergunta: Fale me como surgiu a banda? A escolha do nome etc!!
Durante as comemorações do fim do ano de 2001 eu (Paolo) e Joab discutimos a possibilidade de se montar uma banda p/ tocar nossas idéias sobre cinema, literatura, musica psicodélica, rock e tudo mais. Denilton se tornou o cara certo na hora certa por sua vontade de testar novas sonoridades, sua humildade e empenho em tocar um material próprio. Quanto ao nome... é porque ele é pequeno e fácil de se falar e lembrar. Pensamos em outros e em varias línguas diferentes, mas esse acabou sendo o melhor.

2- Sei que vocês tiveram alguns problemas na escolha do vocalista da banda. Por fatores diversos decidiram ficar com a formação atual. Fale-nos dessa "caça ao vocalista".
Testamos muita gente boa mesmo, mas ninguém que se adequasse ao que esperávamos de um vocal para o BUGS, daí ficou certo de que em time que tá jogando bem não se mexe.

3- Como começaram as primeiras canções da banda? Vocês tinham interesse de projetar a banda no cenário rock?
No primeiro ensaio já tocamos Náusea e Laydee de cara, isso nos deixou fascinados com o que estávamos começando naquele instante. Projetar o BUGS na cena do rock é um desejo de ontem, hoje e sempre.

4- E o contato com a Solaris Discos como aconteceu? Vocês esperavam a repercussão positiva do EP ''Je suis a revolutionnaire''.
É difícil falar da Solaris por tudo que o selo fez de maneira muito legal conosco. Quando o Alexandre escutou as gravações, perguntou se topávamos lançar o material pela Solaris e falamos... AGORA!!!! Sobre a repercussão do EP só temos que dar vivas por ter dado em coisas boas.

5- A repercussão do EP rendeu algumas participações em festivais. Na opinião da banda, como anda a cena nordestina? Os festivais como MADA(RN), Mormarço(PB) ajudam a divulgar a banda?
Foi legal tocar nesses festivais. O mérito eu deixo p/ todos que estavam lá.

6- Contem-nos como aconteceu o lançamento recente do disco via Lei Câmara Cascudo de Incentivo a Cultura do Estado do RN. Vocês indicariam o mesmo para outras bandas?
As reais pessoas por trás desse projeto foram o Vlamir Cruz e a Scilla Gabel (Mudernage Diskos e Ícone Studio) que descolaram os patrocínios e passaram tudo para o papel. Ficamos mais ligados em gravar as músicas e na arte do CD. Primeiro as bandas tem que descolar um bom projeto, patrocínios confiáveis e ter muita paciência com os passos do processo. Sabendo disso é claro que é aconselhável.


7- As letras da banda passam ao mesmo tempo lirismo e inquietação. Quem faz as letras e quais são as principais influencias para compô-las?
Não existe uma ordem de como as coisas acontecem nesse caso, quem tiver na banda uma letra boa, vai ter seu espaço, o mesmo acontece com as músicas. As letras só refletem as coisas que estão chamando a atenção da banda no momento e isso conseqüentemente nos abre um leque de possibilidades enormes para escrever.

8- Já que estamos no disco novo... O aspecto gráfico do cd é uma atração à parte, como surgiu a concepção gráfica do disco?
Arte abstrata!! É maravilhosa a experiência de trabalhar isso. Queríamos passar toda a lisérgia e visceralidade das músicas para o encarte. Sim, a capa foi criação nossa.

9- E o futuro??? Quais são os planos?
Tocar por muitos lugares, fazer música da boa sempre, colher os frutos que esse CD trouxer, conhecer pessoas legais e ROCK, ROCK, ROCK...

10- Acho que já perguntamos demais. O espaço é de vocês... gritem, agradeçam etc.
Obrigado pelo espaço e todo o apoio de vocês, as pessoas que estiveram nas nossas apresentações, aos que adquiriram o CD e o EP e aos que gostam de boa musica, seja lá de onde ela vier. Abraço!! Valeu!!

[+] BUGS na rede: www.myspace.com/bugs4

*entrevista publicada originalmente em março de 2004, no e-zine natalcore: http://br.geocities.com/natalcorezine/entrevistas_bugs.htm

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