Próximo sábado a banda local Venice Under Water lança seu terceiro EP, intitulado "Infinity". Aproveitamos a oportunidade para fazer uma entrevista rápida via messenger com Dudu, baixista da banda. Logo abaixo, segue resenha do disco Infinity.
Perguntas por Leandro Menezes
Respostas por Edu Filgueira
Fala uma a respeito do conceito do novo disco do Venice Under Water...
Procuramos criar um EP conceitual com a história retratada em letras e composições, foi meio ousado no início mas deu um norte a banda quanto aos objetivos. Todas as músicas se conectam cronologicamente para contar essa história então o peso e velocidade das músicas são dosadas de acordo com ela e assim acabou saindo um som mais lento com picos mais agressivos de vez em quando...
Da pra perceber que a banda mudou a sonoridade significativamente... Você conseguiria avaliar como se deu essa mudança?
Naturalmente. Percebemos a mudança nas novas composições com a entrada do novo baterista [Lauro Kirsch, ex Claudia's Parachutes). No entanto, quando percebemos para onde estávamos indo resolvemos trilhar e planejar tudo meticulosamente.
Então a entrada do Lauro foi primordial nessa mudança?
Acredito que qualquer um que entrasse na banda iria influir drasticamente no estilo.
E daqui pra frente, quais os planos do VUW?
Vamos divulgar esse EP e muito em breve novamente em estúdio trabalhando em novos projetos, o foco agora é tocar muito e produzir mais e olhar shows também fora do RN.
Resenha por Rafael F.
Acho que é a terceira vez que escuto o novo disco do Venice Under Water. Confesso que curto mais as músicas lançadas anteriormente pelo grupo. Isso não desmerece o novo trabalho. Pelo contrário, tudo é uma questão de gosto e preferências musicais. O novo disco Infinity mostra um VUW mais melódico, ou talvez melancólico[?], com evoluções consideráveis nas construções harmônicas do vocal e nos riffs de guitarra. O disco segue uma linha conceitual (todo trabalho artístico tem um conceito mesmo que isso não seja tão convincente e explícito) que de acordo com a banda seria a estória de uma jovem que várias vezes cruza a tênue linha entre a sanidade e a loucura, numa busca de um tempo perdido de sua vida. Talvez seja essa atmosfera densa e angustiante que faz do disco um trabalho diferente dos lançados até então. De uma coisa tenho certeza, o disco pede mais de uma audição cuidadosa e por esse fato, acredito, merece ser ouvido com atenção para não se tirar conclusões precipitadas. Infinity é um disco bem produzido. Foge do padrão e das ondinhas rockers pulsantes que assolam o "independente" atualmente. Mergulhe na atmosfera sonora do grupo e descubra o que há de diferente nesse álbum.
Um comentário:
não saquei ainda, mas uma coisa é certa, essa capa ficou do caralho...
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