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Ao longo de 10 anos a Solaris Discos fez 50 lançamentos do rock independente na cidade e no Estado, entre fitas (k-7 quando ainda era Solaris Records, até 1999) e CDs, a partir desse ano. Promoveu mais de 150 shows na cidade. Levou bandas da cena do rock para o Brasil e, entre outros feitos, apresentou ao público nacional a primeira banda potiguar a dar entrevista na MTV, a Antônio Maria, liderada por Helder Gomes (ex-baixista da banda Florbela Espanca). No tempo presente, a gravadora independente vai lançar na próxima sexta-feira, às 19h, o DVD comemorativo dos 10 anos Solaris Discos(1996-2006), na Velvet Discos, que fica na Avenida Hermes da Fonseca, 1163, no Tirol. E esse lançamento marcará também o fim do selo mais longevo da Cidade. Isso mesmo, a Solaris Discos encerra suas atividades.
O idealizador, músico e produtor Alexandre Alves, 33, diz que uma das principais razões para acabar com esse projeto é a falta de organização dos músicos locais. ‘‘Trabalhávamos com a falta de apoio total. Até mesmo das próprias bandas, que não se esforçam para ensaiar, gravar. Os músicos são irresponsáveis. Tecnicamente, podem até ser bons, mas não têm comprometimento. Acho que pela tradição das bandas cover, há pouca valorização do trabalho autoral’’, diagnostica ele. E também pontua outros fatores que vêm sendo ainda mais decisivos para as dificuldades de se gravar na cena independente: ‘‘Depois de 2005, com a geração de bandas MP3, o interesse pelo produto CD foi ficando cada vez menor. E isso é uma revolução que eu não sei onde vai dar, porque é o feitiço voltando-se contra o feiticeiro. Uma banda só sobrevive pelas suas gravações, além disso, existem poucos lugares para se tocar’’, diz ele, lembrando que a Solaris Discos deixou marcas na cidade. Como o ‘‘pequeno clássico’’ do rock potiguar ‘‘Beijos de Arame Farpado’’, da banda Montgomery, que tocou por diversos meses numa rádio FM da cidade e se os caras são obrigados público a tocar até hoje.
Lidando com música desde o final dos anos 1980 (ele já fez parte do Movement, Chronic Missing e atualmente da Automatics), Alexandre diz que o ‘‘amadorismo’’ das bandas é o que atrapalha. ‘‘Quase 20 anos depois, desde que comecei e ainda vejo o mesmo comportamento’’, lamenta. Ao contrário do que vê nas fronteiras do Estado, como na Paraíba e Pernambuco. Nesses lugares ele acredita que o movimento independente é bem mais consolidado, com festivais periódicos, shows mais sistemáticos na noite e bandas mais comprometidas.
Com uma das marcas registradas de criar também uma identidade visual em cada um dos lançamentos, divididos em 25 bandas diferentes e sete coletâneas, o Solaris Discos não tinha exigências de gravar bandas que cantassem em português ou inglês. O que importava era lançar grupos potiguares de rock, a exemplo do Vinho Barganha, FIM, Os Quatro, entre outras já citadas e que tivessem uma característica em comum: ‘‘música simples e direta, poucos acordes, melodia de barulho, mas sem tendências regionalistas e, claro, muitas idéias na cabeça’’, explica ele.
No final de 2006, o Solaris Discos lançou sua primeira coletânea internacional, com grupos da Austrália (Gigantic e Modern Giant), Estados Unidos (Vervein e Morning Spy), Noruega (The Lionheart Brothers) e Suécia (com o Moonbabies). Chamou a atenção da imprensa local e nacional, no próprio encarte do DVD a ser lançado na sexta-feira, constam trechos de jornais como o Diário de Natal, Tribuna de Alagoas (AL), Jornal Gazeta do Povo (PR), Revista Rock Press (RJ) e Jornal da Paraíba (PB).
O DVD comemorativo dos 10 anos tem 30 minutos de documentário, com entrevistas com diversos músicos que fizeram parte da história do Selo e mais 30 minutos de videoclipes (The Automatics, Adriano Azambuja, Dead Funny Days, Florbela Espanca e Chronic Missing). A produção desse trabalho foi do próprio Alexandre Alves e Ricardo Pinto e eles levaram quase dois anos para fazê-lo. Alexandre Alves não pretende parar totalmente. Em parceria com Vlamir Cruz (do Selo Mudernage), dentro de algum tempo, eles querem montar um espaço para shows.
>> DVD Solaris Discos - Lançamento:
Dia: próxima sexta, 5
Hora: 19h
Local: Velvet Discos, na Hermes da Fonseca, 1163
Preço: R$ 10
O idealizador, músico e produtor Alexandre Alves, 33, diz que uma das principais razões para acabar com esse projeto é a falta de organização dos músicos locais. ‘‘Trabalhávamos com a falta de apoio total. Até mesmo das próprias bandas, que não se esforçam para ensaiar, gravar. Os músicos são irresponsáveis. Tecnicamente, podem até ser bons, mas não têm comprometimento. Acho que pela tradição das bandas cover, há pouca valorização do trabalho autoral’’, diagnostica ele. E também pontua outros fatores que vêm sendo ainda mais decisivos para as dificuldades de se gravar na cena independente: ‘‘Depois de 2005, com a geração de bandas MP3, o interesse pelo produto CD foi ficando cada vez menor. E isso é uma revolução que eu não sei onde vai dar, porque é o feitiço voltando-se contra o feiticeiro. Uma banda só sobrevive pelas suas gravações, além disso, existem poucos lugares para se tocar’’, diz ele, lembrando que a Solaris Discos deixou marcas na cidade. Como o ‘‘pequeno clássico’’ do rock potiguar ‘‘Beijos de Arame Farpado’’, da banda Montgomery, que tocou por diversos meses numa rádio FM da cidade e se os caras são obrigados público a tocar até hoje.
Lidando com música desde o final dos anos 1980 (ele já fez parte do Movement, Chronic Missing e atualmente da Automatics), Alexandre diz que o ‘‘amadorismo’’ das bandas é o que atrapalha. ‘‘Quase 20 anos depois, desde que comecei e ainda vejo o mesmo comportamento’’, lamenta. Ao contrário do que vê nas fronteiras do Estado, como na Paraíba e Pernambuco. Nesses lugares ele acredita que o movimento independente é bem mais consolidado, com festivais periódicos, shows mais sistemáticos na noite e bandas mais comprometidas.
Com uma das marcas registradas de criar também uma identidade visual em cada um dos lançamentos, divididos em 25 bandas diferentes e sete coletâneas, o Solaris Discos não tinha exigências de gravar bandas que cantassem em português ou inglês. O que importava era lançar grupos potiguares de rock, a exemplo do Vinho Barganha, FIM, Os Quatro, entre outras já citadas e que tivessem uma característica em comum: ‘‘música simples e direta, poucos acordes, melodia de barulho, mas sem tendências regionalistas e, claro, muitas idéias na cabeça’’, explica ele.
No final de 2006, o Solaris Discos lançou sua primeira coletânea internacional, com grupos da Austrália (Gigantic e Modern Giant), Estados Unidos (Vervein e Morning Spy), Noruega (The Lionheart Brothers) e Suécia (com o Moonbabies). Chamou a atenção da imprensa local e nacional, no próprio encarte do DVD a ser lançado na sexta-feira, constam trechos de jornais como o Diário de Natal, Tribuna de Alagoas (AL), Jornal Gazeta do Povo (PR), Revista Rock Press (RJ) e Jornal da Paraíba (PB).
O DVD comemorativo dos 10 anos tem 30 minutos de documentário, com entrevistas com diversos músicos que fizeram parte da história do Selo e mais 30 minutos de videoclipes (The Automatics, Adriano Azambuja, Dead Funny Days, Florbela Espanca e Chronic Missing). A produção desse trabalho foi do próprio Alexandre Alves e Ricardo Pinto e eles levaram quase dois anos para fazê-lo. Alexandre Alves não pretende parar totalmente. Em parceria com Vlamir Cruz (do Selo Mudernage), dentro de algum tempo, eles querem montar um espaço para shows.
>> DVD Solaris Discos - Lançamento:
Dia: próxima sexta, 5
Hora: 19h
Local: Velvet Discos, na Hermes da Fonseca, 1163
Preço: R$ 10
TEXTO EXTRAÍDO DE: http://diariodenatal.dnonline.com.br/site/materia.php?idsec=6&idmat=163544
Um comentário:
massa esse texto sobre a solaris Discos (merecido alias)
a proposito eu vou add vcs do lado[r] no meu blog como preferidos, vlw?
http://cantodasala.blogspot.com
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