2.10.08

Ent[R]evista: Calistoga

Por Leandro Menezes
Fotos Rafael Bilico



Há apenas um dia da Festa de Lançamento, a ansiedade toma conta de todos os envolvidos nesse projeto. Apesar dos contratempos, falta de grana e tempo escasso, creio que chegamos na véspera do grande dia com tudo em cima! Já estamos munidos de muitos Fanzines e Cds nas mãos, agora é só aguardar a hora do rock começar no Centro Cultural Dosol, torcendo que todos nossos leitores, amigos, chegados e demais curiosos compareçam; e que eles se divirtam assim como nós nos divertimos, desde o primeiro dia que inventamos essa coisa de escrever um fanzine ou tocar numa banda.


Foi com esse espírito que eu troquei uma idéia rápida com Dante, guitarrista e vocalista do Calistoga. Publico aqui esse bate-papo, fechando o ciclo de entrevistas que vínhamos publicando esses dias, com as bandas que irão se apresentar na Festa.

Nos vemos sexta-feira!

...


O que esse lançamento significa para o Calistoga?
Esse lançamento significa a conclusão de um período na vida da banda. Simboliza um período de tempo em que a banda compôs músicas, ensaiou pra porra, ralou pra caralho e se divertiu pra caralho também. Definiu metas, alcançou algumas e outras não, decidiu se levar mais a sério e optou por gravar um disco que tivesse a cara da banda hoje e de uma fase passada, quando a banda gravou mas não ficou tão bom. Aí regravamos melhor e lançamos nesse disco as músicas dessa outra fase que achamos que traduzia mais quem éramos nesse passado recente... meio complicado, mas é isso. É como algo que nós tivemos que fazer pra poder seguir em frente sem peso na consciência. Pela frente agora vem só coisa nova, fresquinha e gravada de acordo com a fase que a banda estiver musicalmente.

Legal você falar sobre isso... também acho que as regravações foram justas. Por outro lado, percebe-se que as músicas mais novas estão com uma pegada mais forte, o famoso 'punch', como dizem por aí... Como você definiria a fase atual da banda (musicalmente, claro)?
Definiria como um amadurecimento! Esse punch foi algo que a gente sempre quis ter, mas não conseguimos tanto. Em algumas músicas, talvez, mas as que faziam mais a cabeça da galera sempre foram as mais calmas e melódicas como “Accepting you” e “Silence is too loud”, por isso também decidimos colocá-las no disco por ter gerado essa identificação com um maior número de pessoas no passado. Essas pessoas que escutarem o disco hoje vão sentir uma certa nostalgia e ao mesmo tempo conhecer o nosso trabalho novo e nossa viagem nova também. As músicas tem saído com mais punch no geral mesmo, inclusive as composições que já começamos pro próximo disco. Não que estejamos livres das baladas, inclusive tem uma no disco que é a mais balada de todas que jê fizemos e foi composta nessa "nova fase"... O EP “New Way to Say” pode ser encaixado nessa "nova fase" também. Tem uma música que traz as duas coisas ao mesmo tempo nesse disco - tem punch e tem melodia ao mesmo tempo – é “Get together”. Tem algo meio épico pra mim nela, gosto muito dessa musica...

Sim, tem mesmo, Dante... Tem uma passagens noise nela muito fortes, ficou irado!
Tem isso também, é uma coisa que a gente gosta muito também, tirar sons diferentes dos instrumentos tradicionais. Pretendemos nos aprimorar cada vez mais nisso.

Não podia ser diferente para vocês que cresceram ouvindo Faith no more e tudo mais que o Patton fez, além do At the drive in e tudo mais que Omar e Cedric fizeram. Algum experimentalismo tinha que rolar...
Pois é, a gente admira e sempre admirou esses artistas e bandas que você citou e é graças a eles que temos essa ânsia por sons e músicas inusitadas como um todo. O Sonic youth exerceu grande influência em mim também... Essa coisa do noise, dos barulhos com guitarras e microfonias pra mim eles levaram a limites absurdos...

Bem, pra não irmos muito longe aqui, vou fazer a ultima pergunta, que inclusive, tem sido padrão em todas as entrevistas que temos feito esses dias... Sabemos que o universo rock'n roll vai muito além da música. Se você pudesse sintetizar o universo rock em...
- um livro: Fernão capelo gaivota
- um filme: Monthy pithon - o sentido da vida
- um fanzine: Lado[R] porquê é o zine daqui e é muito bom e bem feito, se tivessem outro por aqui seria difícil ser melhor q ele...
- uma frase: "Se você acabar com uma vida tediosa e miserável porque você ouviu seus país, seus professores, seu padre ou alguma pessoa na televisão, dizendo para você como conduzir a sua vida, então a culpa é só sua e você merece." Frank Zappa.

Bem, acho que é isso. Fica aqui um espaço pra você tirar uma chinfra e aproveitar pra convidar a galera para comparecer ao Centro Cultural Dosol, amanhã [sexta-feira], para prestigiar o lançamento de "Normal's People Brigade".
Bom, agradeço o espaço cedido mais uma vez pelo Lado[R] para o Calistoga... agraceder todo o corre que as pessoas envolvidas no Lado[R] e na Xubba fizeram e estão fazendo junto conosco para que esse cd saia e que role uma festa legal de lançamento. Gostaria de agradecer também à galera do Irregular Distro que apostou na banda e está distribuindo, divulgando e acreditando nesse disco bem longe daqui, lá em São Paulo. E queria chamar toda a galera do rock, chamar quem estiver interessado em rock n' roll de bandas de garagem reais e honestas com sua arte , ou quem quiser sair num rolé irado pra beber, se divertir ou ver gente, pra ir no Dosol essa sexta, dia 03, a partir das 23h, ver o lançamento do “Normal People's Brigade” do Calistoga com as bandas Brand New Hate e Sweet Fanny Adams, de recife. É isso aí, valeu!



[+] Escute o Calistoga:

http://.myspace.com/bandacalistoga

[+] Serviço

FESTA DE LANÇAMENTO LADO[R] #8
CD CALISTOGA "Normal People´s Brigade"

Sexta-feira, 03 de outubro, 22hrs
Centro Cultural Dosol, Ribeira

Discotecagem Lado[R] + Calistoga
Calistoga [LANÇANDO CD]
Sweet Fanny Adams [PE]
Brand New Hate [RN]

$5 contos
[As 30 primeiras pessoas que entrarem na festa ganham o CD na faixa!!]




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