16.3.08

Entrevista perdida com o Are You God?

Meses atrás o colaborador do fanzine lado[R] César Experiença fez uma entrevista com a banda paulistana Are you God? . Misteriosamente a entrevista foi publicada em um blog especializado sem ''autorização'' do nosso colaborador. Por motivos mil a entrevista acabou ficando de fora do impresso. César inquieto para saber como a entrevista saiu da sua máquina e caiu num blog desconhecido indagou ao autor da façanha: ''gostaria muito de saber onde vocês do blog conseguiram essa entrevista, já que fui eu que a fiz com o Bernardo, da banda, por e-mail. Era pra sair no zine Lado[R], de Natal-RN, mas não entrou". A banda é conhecida por não conceder entrevistas

- Primeiramente, a pergunta que não quer calar: porque Miranda?
E por que não?

- Tem como abrir o cd sem rasgar o encarte?
Tem, mas aí tem que rasgar o CD.

- As notícias que chegam por aqui sobre as apresentações do AYG é que são sempre inusitadas, nunca se sabe o que esperar. O que já rolou tanto?
Muita inveja de neguinho, muita conversinha pelas costas. Mas a gente faz que não vê e segue tocando pra frente.

- Sobre o show no SESC, a produção ficou muito foda, parabéns! (vi o vídeo no YouTube) Fiquei impressionado com a sincronia vídeo/banda. Como se deu o processo todo, da idealização à edição? Vocês ensaiavam assistindo o vídeo? Tiveram algum problema com os transeuntes desavisados que viam o vocalista se esgoelando?
A gente começou o processo pela apresentação do show, depois editamos o vídeo, na seqüência o filmamos, e finalmente gravamos a música, toda em sincronia com a filmagem do show, que já tinha acontecido. Foi bem simples, na verdade.

- Vamos agora às perguntas clichê: Como começou o AYG? Como funciona o processo de composição de vocês? Vocês planejam alguma tour pelo Brasil e exterior? O que vocês andam ouvindo atualmente?
O AYG? Começou como o sonho de quatro rapazes ingênuos, idealistas mesmo, que acreditavam que com alguns instrumentos e muita boa vontade conseguiriam mudar um pouquinho que fosse esse mundo sem lei. Dessa fase não sobrou nenhum membro, agora somos nós quatro, eu, João, Sergio e Carlos. A gente compõe ouvindo as músicas que a gente vai fazer antes, pra já saber como tem que ficar. Cada um decora a sua parte, e quando damos todos conta de tocar a música mais ou menos ao menos ao mesmo tempo consideramos ela composta. Atualmente estamos ouvindo as próximas músicas que vamos compor.-

Afinal, quantos músicos tocam na banda? No encarte do Miranda, contei 26.
26.
- E a cena de som porrada em São Paulo, é tão bem estruturada quanto dizem por aqui?
Bom, depende, quer dizer, tem a base, com os alicerces, que são quem segura tudo lá pela fundação. Daí tem as vigas e armações (estas últimas de madeira), que servem como uma espécie de esqueleto, que é de onde vem a estrutura que você mencionou. Depois a gente cobre tudo com geléia, massa de pão e durepox, deixa no forno até dourar, e pronto. Servido?

- No EP Espelho de Carne as letras já eram bizarras, mas no Miranda viraram puro delírio dadaísta doentio! Quem as escreve e qual a inspiração desse poeta?
Ninguém escreve as letras, elas SÃO escritas. Note a diferença.

- Qual o real motivo do CD Neon nunca ter sido lançado? Vocês não ficaram satisfeitos com o resultado ou é puro marketing? Vocês tocam algum som dele ao vivo?
O CD Neon foi lançado, não é problema nosso se os interessados não correram atrás enquanto era tempo. Esse tempo foi muito bom, mas não volta nunca mais.

- Logicamente, ninguém vive de tocar som porrada. Que outras atividades vocês têm além da banda?
A gente toca som porreta também.

- E a turnê pelo nordeste, quando sai?
Após cinco dias úteis, mediante a quitação do carnê.

- Valeu pra entrevista! Se quiserem deixar um abraço pra alguém, mandar recadinho, beijo pra mãe, ameaçar alguém... a hora é essa!
Valeu pela entrevista, não deixem de quitar seus carnês para que a gente possa tocar no Nordeste em breve. BJS!!!

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